Quando falamos sobre queda de cabelo, dois dos tipos mais conhecidos são a alopecia areata e androgenética.
Embora ambas envolvam perda de cabelo, elas possuem causas, sintomas e tratamentos bem diferentes.
Neste post, vou explicar essas diferenças para que você possa entender melhor o que pode estar afetando seu cabelo e qual o caminho ideal para tratá-lo.
Ciclo capilar
Para começar, é importante entender o ciclo natural de crescimento e queda do cabelo. O cabelo passa por três fases principais:
- Fase Anágena: É a fase de crescimento, que pode durar de 2 a 6 anos.
- Fase Catágena: Fase de transição, onde o crescimento do cabelo desacelera, durando poucas semanas.
- Fase Telógena: É a fase de repouso, onde o cabelo para de crescer e eventualmente cai para dar lugar a um novo fio.
No caso da alopecia areata e androgenética, o ciclo é impactado de maneiras distintas, como veremos a seguir.
A queda de cabelo
A queda de cabelo é um problema que afeta tanto homens quanto mulheres, e pode ser temporária ou progressiva.
A perda capilar normal gira em torno de 100 fios por dia. Quando essa quantidade aumenta significativamente, é necessário investigar a causa.
A alopecia areata e androgenética são duas das diversas condições que resultam em queda capilar visível e são comumente confundidas.
Para compreender melhor sobre todas as causas da queda capilar, veja o post Queda de Cabelo – Causas e Como Tratar.
Principais diferenças da Alopecia Aerata e da Androgenética
- Alopecia Areata: Caracterizada por queda repentina de cabelo em áreas específicas.
- Alopecia Androgenética: Também conhecida como calvície hereditária, é uma condição mais gradual e progressiva.
Vamos entender cada uma dessas condições mais a fundo.
O que é a alopecia areata?
A alopecia areata é uma condição autoimune em que o próprio sistema imunológico ataca os folículos capilares, levando à queda de cabelo em áreas arredondadas ou ovais no couro cabeludo, barba e outras partes do corpo.
Esse tipo de alopecia pode surgir de forma súbita e sem aviso, muitas vezes causando preocupação pelo aspecto visual.
O sistema imunológico, por algum motivo, considera os folículos capilares como “ameaças” e começa a atacá-los, levando à perda dos fios.
As causas da alopecia areata
As causas exatas da alopecia areata ainda não são totalmente compreendidas, mas sabemos que fatores genéticos e ambientais desempenham um papel importante. Algumas das causas mais comuns incluem:
- Predisposição genética: Indivíduos com histórico familiar de doenças autoimunes têm maior chance de desenvolver alopecia areata.
- Estresse: Situações de estresse físico ou emocional podem desencadear a doença.
- Infecções virais: Certas infecções podem agir como gatilho para o início da alopecia areata.
Tratamento da alopecia areata
O tratamento da alopecia areata pode variar de acordo com a gravidade da queda de cabelo e a extensão da área afetada. Alguns dos tratamentos mais comuns incluem:
- Corticosteroides: Podem ser aplicados tópica ou oralmente para reduzir a inflamação no couro cabeludo.
- Minoxidil: Ajuda a estimular o crescimento capilar.
- Terapia imunossupressora: Utilizada para suprimir a atividade do sistema imunológico que está atacando os folículos capilares.
Em muitos casos, o cabelo volta a crescer sozinho, mas a recorrência da doença é comum.
Veja mais em Alopecia Areata : Causas, Sintomas e Como Tratar
O que é a alopecia androgenética?
Já a alopecia androgenética, como o próprio nome sugere, envolve uma combinação de fatores genéticos e hormonais.
É causada pela ação dos hormônios andrógenos (como a testosterona) nos folículos capilares, que desencadeiam a miniaturização dos fios. Ao longo do tempo, o cabelo vai se afinando até parar de crescer.
Esse tipo de alopecia afeta cerca de 80% dos homens em algum momento da vida e cerca de 40% das mulheres, especialmente após a menopausa.
As causas da alopecia androgenética
A alopecia androgenética é resultado da combinação de:
- Genética: A predisposição genética é o principal fator. Se há histórico familiar de calvície, a chance de desenvolver essa condição é alta.
- Hormônios andrógenos: A testosterona e, mais especificamente, a di-hidrotestosterona (DHT), desempenham um papel crucial na miniaturização dos folículos.
- Idade: O envelhecimento natural também contribui para a diminuição da produção de novos fios.
Tratamento da alopecia androgenética
O tratamento para alopecia androgenética visa interromper a ação dos hormônios que causam a queda de cabelo e estimular o crescimento de novos fios. Os tratamentos mais comuns são:
- Minoxidil: Um dos tratamentos mais eficazes para promover o crescimento de cabelo.
- Finasterida: Um medicamento que bloqueia a produção de DHT, evitando a miniaturização dos folículos.
- Terapias hormonais: Para mulheres, tratamentos com antiandrógenos e reposição hormonal podem ser eficazes.
- Terapia a laser: A aplicação de laser de baixa intensidade pode estimular o crescimento dos fios e aumentar a circulação no couro cabeludo.
A alopecia androgenética é uma condição crônica, então o tratamento deve ser contínuo para manter os resultados.
Resumo das principais diferenças
Agora que entendemos as características de cada uma, vamos destacar as principais diferenças entre a alopecia areata e androgenética:
- Causa: A alopecia areata é uma condição autoimune, enquanto a androgenética é causada por fatores hormonais e genéticos.
- Padrão de queda: Na alopecia areata, a queda é geralmente localizada em áreas arredondadas; já na androgenética, o cabelo vai se afinando de maneira difusa ou em áreas específicas (vértice e linha frontal, por exemplo).
- Tratamento: A alopecia areata geralmente envolve tratamentos que suprimem o sistema imunológico, enquanto a androgenética se concentra em bloqueadores hormonais e estimulantes capilares.
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