Esse post é especialmente para você, profissional da saúde estética, que quer oferecer resultados reais e duradouros para pacientes com melasma. Aqui, compartilho como conduzo, na minha prática clínica, a avaliação e a prescrição mais completa possível para essa condição tão recorrente — e desafiadora.
Ao longo dos atendimentos, percebo que muitos pacientes chegam frustrados após diversos protocolos com ácidos, peelings e clareadores tópicos. A maioria não teve resultado duradouro — e não é difícil entender o motivo: melasma não é só uma mancha, é uma manifestação multifatorial, e precisa ser tratado como tal.
O melasma exige uma abordagem estratégica
O melasma está relacionado a uma série de fatores internos e externos: exposição solar, calor, disfunção intestinal, alterações hormonais, estresse oxidativo e até o impacto emocional do dia a dia.
Por isso, não prescrevo apenas clareadores tópicos. Quando atendo um paciente com melasma, meu olhar vai além da pele. Avalio a barreira cutânea, a hidratação, a presença de acne, os hábitos de vida e, principalmente, a necessidade de suplementação oral.
A importância da prescrição oral no tratamento do melasma
Na prática, percebo que os melhores resultados vêm quando associamos ativos sistêmicos — que atuam de dentro para fora — aos tópicos. Eles ajudam a modular inflamações silenciosas, reduzir a melanogênese, melhorar a função intestinal e proteger contra o estresse oxidativo.
Aqui está um modelo de prescrição manipulada que utilizo com frequência no meu consultório:
📋 Prescrição base – fórmula manipulada oral
- Pycnogenol – 75 mg
- Hesperidina – 200 mg
- Oli Ola – 300 mg
➡️ Aviar 30 doses em cápsulas transparentes
Posologia: Tomar 1 dose ao dia por 30 dias.
Ativos que você pode usar para personalizar suas fórmulas
Cada paciente é único. Por isso, costumo adaptar a fórmula com base nos achados clínicos. Abaixo estão as categorias e os ativos que uso como base técnica nas minhas prescrições:
🔹 Inibidores da tirosinase (clareamento sistêmico)
- Pycnogenol – 75 mg/dia
- Licorice DLG – 200 mg a 1 g/dia
- Morus Alba – 300 a 400 mg/dia
- Camellia Sinensis – 100 a 500 mg/dia
- Pomegranate – 250 mg/dia
- Bioblanc® – 160 mg (1 cápsula 2x/dia)
- GliSoDin® – 250 a 500 mg/dia
- Pinus Pinaster – 150 a 200 mg/dia
🔹 Inibidores da melanogênese (controle da produção de melanina)
- Hesperidina – 200 mg/dia
- Ginseng – 100 a 200 mg/dia
- Oli Ola – 150 a 300 mg/dia
🔹 Antioxidantes e controle do estresse oxidativo
- Polypodium Leucotomos – 150 a 720 mg/dia
- Vitis Vinifera – 100 a 300 mg/dia
- Glycine Max – 75 a 150 mg/dia
- Café Verde – 200 mg/dia
- Licorice – 200 mg/dia
Cuidados tópicos: o que recomendo antes de iniciar o clareamento
Antes de iniciar qualquer protocolo com ácidos ou despigmentantes, faço uma avaliação da pele. Se há acne ou comedões, oriento primeiro uma limpeza de pele. A barreira cutânea precisa estar íntegra — sem atrito, com hidratação adequada e fotoproteção diária (preferencialmente com cor).
Além disso, costumo associar na rotina tópica ativos como:
- TGP-2 Peptídeo tópico – ação anti-inflamatória e clareadora potente
- No Pigmerin – despigmentante inteligente que atua sem agredir a pele
Para quem trata pele: pensar além da mancha é fundamental
Meu convite a você, profissional, é: saia da prescrição automática de ácidos e clareadores. Olhe para o intestino do seu paciente, investigue os fatores emocionais, entenda sua rotina e escolha os ativos certos — por via tópica e oral.
Quando você educa seu paciente, alinha expectativas e prescreve com estratégia, o resultado vem. E o melhor: você fideliza, transforma e gera impacto real na vida dele.
Se quiser salvar essa estrutura para consultar nas próximas prescrições, fica à vontade! 💊✨